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Profissões do Cinema - parte 3: Edição, Direção de Arte e Distribuição
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03 de junho de 2022
Finalizando a série de reportagem sobre profissões de cinema, nesta última parte, um pouco sobre edição (montagem), direção de arte e Distribuição.
A edição é a essência da arte cinematográfica. Nos tempos do cinema analógico, em que os filmes eram gravados em película, a montagem era realizada manualmente, em um trabalho quase artesanal de colagem. Hoje, a tecnologia permite realizar esse processo digitalmente, porém os conceitos para a construção de ritmo e sentido permanecem os mesmos.
O montar e professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), inclusive se pensarmos do ponto de vista prático, o montador (ou editor) é o responsável pela organização, seleção e junção do material filmado. É ele quem combina imagens e sons criados pela equipe de produção. Ao combinar elementos sonoros e visuais, ele cria relações que produzem o sentido do filme. Mais especificamente, é importante frisar que o montador também é responsável pelo ritmo do filme. A velocidade na troca de planos, na inserção de elementos sonoros, ou a lentidão dos mesmos conduzem o espectador pelo tempo e espaço da narrativa.
A edição funciona como uma receita de bolo. É preciso misturar os ingredientes na ordem correta e no tempo indicado. O editor ou montador é a pessoa que realiza a difícil tarefa de organizar e posicionar todas as peças desse quebra-cabeça.
Para editar imagens em sequências coerentes, é preciso conhecer a fundo não apenas a linguagem cinematográfica e seus recursos, como também o filme que se quer contar – por isso, o editor tem uma relação muito próxima com o diretor. O distanciamento dele do set de filmagem permite que monte a história de um ponto de vista novo, descartando o que não se encaixa na narrativa.
Profissionais dessa área precisam ser extremamente organizados, concentrados e detalhistas. A montagem é uma atividade solitária, realizada em uma sala escura e sem interferências externas, que demanda habilidades específicas (conhecimento de técnicas e programas de edição). Isso requer disciplina e paciência. Contudo, é o editor quem vê o filme pronto pela primeira vez; afinal, sua sala é onde a “mágica” do cinema acontece.
Cenário sendo construído no estúdio da AIC - aulas de direção de arte e cenografia. Foto: Ale Haro[/caption]
Em poucas palavras, o diretor de arte (ou production designer) é o responsável por criar o conceito visual do filme e orientar sua equipe para a execução dessas ideias. É como se ele ajudasse a dar tridimensionalidade ao roteiro, por meio de cenários, objetos e figurinos, criando a realidade na qual os personagens irão habitar. É esse profissional quem desenvolve (conceitualmente e na prática) tudo o que depois será captado pela câmera.
O trabalho abrange pesquisas e definições sobre clima/atmosfera, planejamento conceitual, escolha de paleta de cores, além do acompanhamento da construção de cenários, produção de objetos, figurino e maquiagem. Esse profissional também está presente na filmagem e na “desprodução” do set.
Para Monica Palazzo, diretora de arte e professora da Academia Internacional de Cinema (AIC) a direção de arte é a matéria-prima para a mis-en-scène, o recurso material, plástico e estético responsável pela construção da visualidade de uma peça audiovisual. “Gosto muito desta frase que uso para definir resumidamente a abrangência e a responsabilidade do ofício: ‘dos armarinhos à construção civil; do artesanato às mais novas possibilidades digitais; a equipe de direção de arte de um filme lida com o mundo ao nosso redor para inspirar-se, recriá-lo e inventá-lo para que os personagens trilhem suas histórias, o fotógrafo as ilumine e o diretor, as capte com maestria’”.
Geralmente, quem se interessa pela área são as pessoas mais artísticas, observadoras, com a criatividade aflorada e alguma facilidade para lidar com desenhos, modelagem e perspectiva. É uma carreira para quem gosta de colocar a “mão na massa” e se adapta facilmente a novas circunstâncias, por isso o espírito de aventura também é indispensável.
Edição
A edição é a essência da arte cinematográfica. Nos tempos do cinema analógico, em que os filmes eram gravados em película, a montagem era realizada manualmente, em um trabalho quase artesanal de colagem. Hoje, a tecnologia permite realizar esse processo digitalmente, porém os conceitos para a construção de ritmo e sentido permanecem os mesmos.
O montar e professor da Academia Internacional de Cinema (AIC), inclusive se pensarmos do ponto de vista prático, o montador (ou editor) é o responsável pela organização, seleção e junção do material filmado. É ele quem combina imagens e sons criados pela equipe de produção. Ao combinar elementos sonoros e visuais, ele cria relações que produzem o sentido do filme. Mais especificamente, é importante frisar que o montador também é responsável pelo ritmo do filme. A velocidade na troca de planos, na inserção de elementos sonoros, ou a lentidão dos mesmos conduzem o espectador pelo tempo e espaço da narrativa.
A edição funciona como uma receita de bolo. É preciso misturar os ingredientes na ordem correta e no tempo indicado. O editor ou montador é a pessoa que realiza a difícil tarefa de organizar e posicionar todas as peças desse quebra-cabeça.
Para editar imagens em sequências coerentes, é preciso conhecer a fundo não apenas a linguagem cinematográfica e seus recursos, como também o filme que se quer contar – por isso, o editor tem uma relação muito próxima com o diretor. O distanciamento dele do set de filmagem permite que monte a história de um ponto de vista novo, descartando o que não se encaixa na narrativa.
Profissionais dessa área precisam ser extremamente organizados, concentrados e detalhistas. A montagem é uma atividade solitária, realizada em uma sala escura e sem interferências externas, que demanda habilidades específicas (conhecimento de técnicas e programas de edição). Isso requer disciplina e paciência. Contudo, é o editor quem vê o filme pronto pela primeira vez; afinal, sua sala é onde a “mágica” do cinema acontece.
Direção de Arte
[caption id="attachment_15925" align="aligncenter" width="600"]
Cenário sendo construído no estúdio da AIC - aulas de direção de arte e cenografia. Foto: Ale Haro[/caption]
Em poucas palavras, o diretor de arte (ou production designer) é o responsável por criar o conceito visual do filme e orientar sua equipe para a execução dessas ideias. É como se ele ajudasse a dar tridimensionalidade ao roteiro, por meio de cenários, objetos e figurinos, criando a realidade na qual os personagens irão habitar. É esse profissional quem desenvolve (conceitualmente e na prática) tudo o que depois será captado pela câmera.
O trabalho abrange pesquisas e definições sobre clima/atmosfera, planejamento conceitual, escolha de paleta de cores, além do acompanhamento da construção de cenários, produção de objetos, figurino e maquiagem. Esse profissional também está presente na filmagem e na “desprodução” do set.
Para Monica Palazzo, diretora de arte e professora da Academia Internacional de Cinema (AIC) a direção de arte é a matéria-prima para a mis-en-scène, o recurso material, plástico e estético responsável pela construção da visualidade de uma peça audiovisual. “Gosto muito desta frase que uso para definir resumidamente a abrangência e a responsabilidade do ofício: ‘dos armarinhos à construção civil; do artesanato às mais novas possibilidades digitais; a equipe de direção de arte de um filme lida com o mundo ao nosso redor para inspirar-se, recriá-lo e inventá-lo para que os personagens trilhem suas histórias, o fotógrafo as ilumine e o diretor, as capte com maestria’”.
Geralmente, quem se interessa pela área são as pessoas mais artísticas, observadoras, com a criatividade aflorada e alguma facilidade para lidar com desenhos, modelagem e perspectiva. É uma carreira para quem gosta de colocar a “mão na massa” e se adapta facilmente a novas circunstâncias, por isso o espírito de aventura também é indispensável.
Distribuição
A distribuidora do filme é a empresa que comercializa o filme depois que ele está pronto. O sucesso nas bilheterias está totalmente atrelado a uma boa campanha de lançamento. Nos grandes projetos, a distribuição começa a ser pensada ainda na fase do roteiro. ‘Para onde vai o filme? ’, ‘Que público pretende atingir? ’, ‘Quanto de público se espera? ’, ‘Quais os festivais que pretende participar para adquirir status? ’. Também é necessário pensar nas janelas de distribuição depois que o filme sai dos cinemas, como os canais de vídeos sob demanda e os canais abertos de televisão. O distribuidor ainda cuida de uma série de outras questões como negociar a quantidade de cópias que serão feitas e para onde elas vão e as salas e os horários que o filme será exibido. Em resumo, um bom distribuidor precisa ter principalmente pró-atividade e saber negociar. *Matéria de Paulo Castilho escrita em maio de 2013 e republicada em maio de 2018 com texto de Katia Kreutz e edição de Mônica Wojciechowski – fotos Alessandra Haro e Yuri PinheiroGostou? Então que tal dar uma olhada nos cursos de edição e direção de arte da Academia Internacional de Cinema?
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Não deixe de conferir a primeira e a segunda parte dessa série incrível de artigos sobre as profissões do mercado audiovisual.
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