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O longa Solidões, de Oswaldo Montenegro, conta com a participação de ex-alunos

  • 20 de janeiro de 2015
O longa Solidões, de Oswaldo Montenegro, conta                                                 com a participação de ex-alunos
cartazQuem nunca sentiu medo, ou pelo menos algum desconforto, diante da solidão? Esse é o tema do longa “Solidões”, dirigido por Oswaldo Montenegro e que conta com a participação de dois ex-alunos do Curso Filmworks da Academia Internacional de Cinema (AIC), Ian Ruas, como assistente de produção e Alethea Miranda, que integra o elenco do filme ao lado de Vanessa Giacomo e o próprio Oswaldo, que também atua. Lançado ano passado no Cine Ceará o filme foi exibido diversas vezes no Canal Brasil, agora em Janeiro e ao longo do ano continuará na grade de exibição do canal. O drama, rodado nas dunas de Arraial do Cabo (RJ), no cerrado de Brasília e no agreste pernambucano, conta histórias cruzadas de pessoas solitárias: uma mulher (Vanessa Giacomo) que desde que perdeu a memória em um acidente se recusa a ter contato com qualquer ser humano; o Demônio errante (Oswaldo Montenegro) com saudades de Deus; uma mulher que espera o namorado no bar e ele nunca chega; um cantor sertanejo que não consegue sucesso; e um palhaço de 95 anos ainda em atividade. “O filme representa a solidão no seu sentido mais bruto, estrutural. Não só as diversas histórias abordam o tema, mas o fato de ser uma narrativa composta por pequenos fragmentos remetem à uma filosofia de múltiplas unidades, sós, que buscam uma reintegração à unidade maior, o filme”, conta o ex-aluno Ian Ruas.

A produção do longa

Ian conta que no começo foi um pouco assustador encarar o papel de assistente de produção, pelo fato do projeto trazer artistas famosos e por ter entrado no projeto logo que se formou. “Eu tive muita sorte de começar a carreira trabalhando com uma pessoa tão profissional e generosa como o Oswaldo. Tive extrema liberdade para debater e posicionar minhas opiniões sobre o filme. Produzi em um ambiente agradável e com uma equipe incrível. Discutíamos a narrativa e a operação de filmagem de cada um dos episódios e pré-produzíamos um de cada vez. Fazíamos uma rotação nas cabeças de produção (fotografia, som, arte) de acordo com a sistemática que cada episódio exigia. A liberdade que tive, inclusive, me proporcionou a chance de fotografar um dos episódios do filme”, conta.

Uma coisa puxa outra

[caption id="attachment_10817" align="alignleft" width="300"]Oswaldo Montenegro com o diretor de fotografia André Horta e a atriz Kamila Pistori. Foto: Rafael Reis Oswaldo Montenegro com o diretor de fotografia André Horta e a atriz Kamila Pistori. Foto: Rafael Reis[/caption] “Como citei antes, as cabeças de produção eram alternadas de acordo com a necessidade. No meu caso, tive a oportunidade de fotografar o episódio do Palhaço Cocada, que tem 95 anos e é considerado o palhaço mais velho do Brasil. Como ele interpretou a si próprio, encaramos esse episódio de maneira quase documental, com mais liberdade e mobilidade. Em outras palavras, sem o uso de tecnologia e equipamentos mais sofisticados. Com uma Canon 5D e dois pontos de luz, filmei um depoimento no próprio apartamento do Oswaldo e, felizmente, obtivemos o resultado esperado. Além disso, fiz algumas imagens de clipes que interagem entre um capítulo e outro”, conta Ian. O ex-aluno destaca que ao todo o longa contou com mais de quatro fotógrafos e que essa ousadia só foi possível pois cada um retratou cenas isoladas. Quem assina a direção de fotografia do filme é André Horta, também diretor de fotografia do filme “Dois Filhos de Francisco”, com quem Ian diz que aprendeu muito durante as filmagens. [caption id="attachment_10819" align="alignright" width="300"]Vanessa Giacomo em cena do filme. Foto de André Horta. Vanessa Giacomo em cena do filme. Foto de André Horta.[/caption] Natural de Angra dos Reis, com irmãos mais velhos e artistas, Ian foi imerso no mundo das artes muito cedo. Mudou-se para São Paulo com 18 anos para estudar cinema na AIC. “Me vi imediatamente encantado com a escola e o cinema em geral. A maneira com que fui literalmente jogado na prática de produção cinematográfica fez com que eu me sentisse um veterano depois de 2 anos de curso”, conta. Hoje Ian mora em Nova York, onde estuda pós-produção e música. Assista ao trailer   * A próxima edição do FILMWORKS começa dia 09/02/2015 em São Paulo! Para saber mais, clique aqui.
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