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190, do aluno Germano Pereira, no Festival de Paulínia

  • 02 de outubro de 2017
190, do aluno Germano Pereira, no Festival de Paulínia
[caption id="attachment_9838" align="alignright" width="300"]190 Cena do filme "190", que concorre na Mostra de Curtas do Festival de Paulínia deste ano.[/caption] Um filme que fala sobre diferenças políticas entre irmãos e traz questões da atualidade, como as passeatas dos Black Blocs. Esse é o enredo de “190”, o filme do aluno Germano Pereira, que cursa o FILMWORKS na Academia Internacional de Cinema (AIC), e entrou no 6º Paulínia Film Festival. O festival acontece entre os dias 22 a 27 de julho e promete exibir os melhores longas e curtas-metragens brasileiros além de reunir os grandes cineastas e atores do cinema nacional. “190” conta a história de um jovem revolucionário Black Bloc que sem querer faz uma grande besteira em uma passeata nas ruas de São Paulo. Por conta disso fica atordoado e surta em casa. O filme poderá ser visto no dia 25 de julho, às 17h, no Theatro Municipal Paulo Gracindo, em Paulínia (veja aqui a programação completa). Além de Germano, o curta conta com a participação de outros alunos. Carol Meneghel na produção; Luca Porpino no roteiro, edição e som direto; Ricardo Manjaro na Direção de Arte e Charlene Rover na Direção de Fotografia. “Não dá pra não citar os professores Roney Freitas que nos orientou no roteiro e Cláudio Gonçalves na Direção”, conta Germano.

O Roteiro

[caption id="attachment_9839" align="alignleft" width="300"]190 O ator Haroldo Ferrari que faz o papel do revolucionário Black Bloc. Foto: Charlene Rover[/caption] Germano, diretor do filme, conta que a ideia surgiu durante uma aula de roteiro, quando o professor Roney Freitas propôs um exercício sobre conflito versus revolução. “O argumento e o roteiro são do colega Luca Porpino e a história conta um problema humano e social. Vários tratamentos foram feitos com a ajuda de Roney e de toda a equipe. Eu vi no roteiro de Luca a possibilidade de transformarmos o quarto do Edgar, o protagonista, em nossa ‘caverna do Apocalipse Now’ – com as devidas proporções, é claro. A partir daí acrescentei algumas poesias do Walt Whitman ao roteiro”, conta Germano. O ator Haroldo Ferrari faz o papel do revolucionário Black Bloc e Fernanda Sanches interpreta a irmã que é mais fria, conservadora, reacionária e de extrema direita. “Fernanda é completamente oposta à humanidade do irmão com suas inquietudes sociais”, conta.

Direção de Arte e Direção de Fotografia

O aluno Ricardo Manjaro assina a Direção de Arte do filme que foi baseada no universo dos Black Blocs com referências ao mítico filme [caption id="attachment_9841" align="alignright" width="300"]190 Fernanda Sanches interpreta a irmã que é mais fria, conservadora, reacionária e de extrema direita.[/caption] Apocalipse Now, de Francis Ford Coppola. “O quarto do personagem Edgar é todo baseado nesse universo, tudo bem politizado. Os figurinos dele e da irmã são opostos e representam dois universos antagônicos, assim como o cenário. A maquiagem do ator também é muito forte”, conta Germano. A fotografia, que leva a assinatura da aluna Charlene Rover, teve referências do filme “Paris, Texas”, do Wim Wenders e traz as cores vermelha e verde muito presentes no filme todo. “O vermelho aparece como um divisor de águas, a partir do momento que Edgar tem a certeza de um acontecimento trágico, a cor explode na fotografia, o que, ao meu ver, faz que ele adentre ao universo psicológico e todas as suas reminiscências trágicas”, conta o diretor.

O Diretor que é Ator Profissional

[caption id="attachment_9842" align="alignleft" width="300"]190 Germano Pereira, o diretor de 190 que é ator em 7 longas e também já atuou em novelas da Rede Globo. Foto: Charlene Rover[/caption] Germano, que está no primeiro semestre do curso de Formação Profissional em Cinema da AIC, também é ator e já esteve em grandes sets da televisão e do cinema. Nas novelas atuou como filho de Tony Ramos em “Passione”, filmada na Itália e no Brasil e também em “Guerra dos Sexos”. No cinema atuou nos longas “O Menino da Porteira”, “Bruna Surfistinha”, “Salve Geral”, “Topografia de um Desnudo”, “Colegas” e “Anita”, história sobre Garibaldi, ainda inédita. No teatro fez parte da companhia dos Satyros por 13 anos e, mesmo com toda essa experiência, continua modesto. “Fiz televisão, cinema e teatro, mas ainda tenho muito que aprender, sou um eterno aprendiz e a AIC está me abrindo novos horizontes, em todos os sentidos”, conta.

Assista ao Teaser do Filme:

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